A importância de fazer boas perguntas
Em seu livro “Ignorância: como ela Impulsiona a Ciência”, o neurocientista Stuart Firestein defende que para fazer boas perguntas é preciso saber mais sobre o assunto, pois o conhecimento nos faz sair da zona do superficial e mergulhar na profundidade dos temas.
Firestein ainda fala que a “ignorância é o verdadeiro motor da ciência”, visto que o “não saber” é responsável por mover o indivíduo a fazer perguntas em busca da sua compreensão.
Um empreendedor que almeja sucesso precisa fazer boas perguntas, ou melhor, ele deve fazer as perguntas certas, afinal de contas, as boas ideias surgem dos questionamentos feitos acerca do que está a nossa volta.
As boas perguntas abrem novas possibilidades
Segundo Nietzsche, “não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.” Por isso, a arte de fazer boas perguntas deve ser estimulada como um caminho eficaz no aprimoramento de ideias e conceitos que não podem ser fechados em si mesmos, mas precisam ser compartilhados e aprofundados, com o intuito de abrir novas possibilidades e atrair melhores resultados.
Ao observar as crianças, vemos o quanto é importante saber perguntar. Por meio dos “porquês”, os pequenos tendem a construir sua visão de mundo e desbravar o que, até então, era desconhecido por não ter sido explicado.
Essa capacidade inata de perguntar do ser humano deve ser desenvolvida como uma habilidade essencial para obter sucesso ao longo da jornada da vida.
O fator central da Filosofia é exatamente a arte de saber questionar, pois é dessa maneira que as novas informações vão surgindo, os caminhos se abrem, os olhares se ampliam.
De acordo com Aristóteles, “o ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.” Isso significa que se você não se mantiver em constante reflexão acerca dos projetos implementados, certamente chegará no ponto de ter que interrompê-los por falta de novas possibilidades, que deixam de ser desenvolvidas quando não se faz boas perguntas como: “como podemos melhorar?”, “de que maneira devemos prosseguir?”, “qual ferramenta usar para aprimorar esses resultados?”.
Seja curioso!
Já parou para pensar sobre as características do ser inteligente? Segundo Leninha Wagner, psicóloga e neuropsicóloga e especialista em testes de inteligência, esse aspecto está associado a uma qualidade mental que se manifesta mediante as experiências de vida e a criatividade.
A verdade é que uma pessoa inteligente entende que ela não sabe de tudo e a curiosidade por saber leva-a a absorver o conhecimento alheio. O indivíduo inteligente se enxerga pequeno em meio a imensidão ao seu redor, fazendo-o desbravar o desconhecido sendo curioso e fazendo as perguntas certas.
Com a digitalização acelerada, temos acesso constante a computadores que oferecem respostas para tudo. No entanto, é preciso fazer as perguntas certas para chegar aonde se deseja.
Encontrar respostas através do PC é fácil, a complexidade está em formular as boas perguntas, visto que elas o levarão a encontrar a luz no fim do túnel.
Assim como já mencionamos anteriormente, a curiosidade guia o ser humano desde a sua infância e ela deve continuar motivando as novas descobertas até o final da vida.
Por meio dela, é possível esforçar-se para encontrar as soluções para os problemas mais complexos e não simplesmente estacionar neles ou “deixar para depois”.
As perguntas curiosas atraem novos questionamentos, pois o conhecimento jamais será fechado e impassível de novas compreensões.
Como fazer boas perguntas?
Essa já é uma excelente pergunta para direcionar a continuidade desta reflexão, sendo que já deu para entender a importância de fazer boas perguntas, não é mesmo?
Nesse ponto, então, você pode estar se questionando: “como eu posso fazer boas perguntas?”.
Uma boa pergunta como essa exige uma resposta aberta que motive novos questionamentos. Por isso, para fazer boas perguntas é necessário, primeiramente, praticar, ou seja: fazer perguntas!
De acordo com a Forbes, existem 4 maneiras de se praticar a formulação de boas perguntas:
- Escutar atentamente e plenamente o que está sendo dito: a escuta atenta diante de um determinado contexto será essencial na arte da improvisação, que se transforma numa técnica importante para se formular boas perguntas. As grandes oportunidades podem estar subtendidas naquilo que está sendo dito;
- Ser conduzido pela curiosidade: as boas perguntas também surgem como consequência de uma curiosidade genuína. Nada como desejar saber sobre determinada coisa e buscar respostas sobre aquilo através de questionamentos espontâneos;
- Fazer perguntas simples: a profundidade de uma resposta pode vir de um simples questionamento como: “o que isso significa para você?” ou “em que momento aconteceu?”. Gatilhos como esses levam a pessoa a acessar possíveis tópicos que nem mesmo ela já tinha parado para refletir, gerando novas experiências;
- Reformular as perguntas: assuntos complicados tendem a camuflar as respostas que desejamos obter, visto que é incomum encontrar o que se procura através da primeira pergunta simplesmente. É importante mudar as palavras para tentar chegar aonde se deseja ou, até mesmo, ser surpreendido por uma descoberta inesperada.
Perguntas que ensinam e conectam
Ainda como Stuart Firestein propõe, é preciso cultivar uma ignorância consciente para avançar no conhecimento e fazer perguntas que verdadeiramente agreguem saber e promovam a conexão entre as pessoas.
Logo, a ignorância atrai o conhecimento e este gera novas buscas pelo saber. É um ciclo em que cada resposta impulsiona mais perguntas.
Imagine-se numa importante reunião de negócios, na qual você necessite formular boas perguntas para alcançar resultados favoráveis à sua empresa. Estar preparado para um contexto assim é imprescindível, pois quanto mais perguntas forem feitas dentro da proposta, mais você demonstrará o seu interesse e mais conectado você estará com as pessoas envolvidas.
Portanto, ser curioso abre portas para, pelo menos, duas realidades: o aprendizado e a conexão com as pessoas.
Alguma pergunta?
Ao mergulhar nessa reflexão sobre a importância de fazer boas perguntas, torna-se essencial estimular a sua capacidade de formular bons questionamentos, como forma de treinar e aprimorar essa habilidade tão necessária não só no mundo dos negócios, mas também em todas as áreas da vida.
Agora é a sua vez. Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Como podemos te ajudar? Envie a sua pergunta para a Otimiza Consultoria!