Tomar decisões acertadas é uma tarefa que todo líder deve assumir com inteiro rigor, afinal, rotas mal calculadas podem levar a objetivos alheios, prejudicando o negócio como um todo.
Não se engane. Muitos gestores e CEOs gostariam de compartilhar a tomada de decisões para levar em considerações mais pontos de vistas e encontrar meios de aproveitar melhor as oportunidades que chegam à empresa, ou até mesmo, deixar de adotar medidas que poderiam ser prejudiciais.
Dessa maneira, cresce no mundo a tendência de descentralização das decisões, onde um grupo decide e cria mecanismos de ação.
Nesse conteúdo exclusivo, falaremos sobre este conceito, por onde começar e quais são os aspectos essenciais de serem considerados. Confira a seguir.
Contexto atual
A transformação dos negócios dos últimos anos comprovou que mesmo com o distanciamento físico, a produtividade pode atingir índices iguais ou até mesmo superiores aos de antes da pandemia.
Para otimizar os processos das organizações e ganhar a velocidade requerida para prosperar, se faz necessária a descentralização da tomada de decisões. Esse cenário ocorre, quando a capacidade de adotar medidas, ações ou até mesmo pensamentos é possibilitada inclusive na ausência de uma figura centralizadora.
A centralização na tomada de decisões é uma escolha da cultura da empresa. Está relacionada à forma como os colaboradores e lideranças se relacionam hierarquicamente. Quanto mais sobe na hierarquia, maior capacidade de decisão possui um indivíduo.
Quando as decisões precisam ser tomadas rapidamente, a descentralização é uma ferramenta importante. Imagine que um cliente insatisfeito publicou uma avaliação negativa de repercussão nas redes sociais.
É fundamental que a equipe responsável por essa área responda e solucione da forma mais rápida possível. Se o problema precisa passar por vários degraus hierárquicos, a solução demora, e o estrago se torna cada vez maior.
Chegue a um equilíbrio
É importante levar em consideração que cada empresa possui necessidades específicas. Tenha em mente que o equilíbrio é fundamental nesse processo. É preciso reconhecer as áreas da empresa que mais se adequam a cada modelo, para então criar estratégias de implementação e otimização. Existem tarefas que ganham eficiência se forem centralizadas, já outras, melhoram muito sua performance quando descentralizadas.
Saiba que descentralizar não significa deixar todas as decisões nas mãos dos colaboradores, mas promover a autonomia, que por consequência, gera aumento da confiança e valorização das pessoas, que sentem-se ouvidas e conseguem trabalhar sem precisar de assistência permanente.
Por onde começar a descentralizar?
De acordo com a Forbes (2020), a descentralização pode ser poderosa para o desenvolvimento dos negócios, no entanto, é comum gerar medo e insegurança no começo, principalmente por conta da falta de informações de qualidade sobre o tema.
A publicação ainda afirma que as empresas de sucesso não são as que analisam cada detalhe dos processos, mas as que são capazes de tomar as decisões acertadas de forma mais ágil e objetiva.
Dessa maneira, alguns pilares são importantes para dar os primeiros passos na descentralização das decisões em um negócio:
Aprender e aplicar
Atualmente as empresas colhem tantos dados sobre os processos, que a tomada de decisões que deveria ser acertada, acaba sendo cheia de ruídos. É claro que informação de qualidade é fundamental para construir o futuro do negócio, no entanto, números em excesso precisam de uma mineração para serem analisados. Conte com profissionais capacitados e tecnologias de referência para ler o mercado e compreender quais são os próximos passos a serem dados.
Eficiência e agilidade
Não há como descentralizar a tomada de decisões sem conhecer os processos a fundo. Mesmo que a sua empresa pareça estar em um nível elevado de otimização, sempre é possível se tornar mais eficiente e fluido, seja redirecionando esforços, extinguindo processos desnecessários, ou investindo na capacitação das pessoas.
A descentralização possui como maior vantagem justamente a alta velocidade em que decisões podem ser tomadas. Não faz sentido incorporar esse pensamento em empresas ineficientes ou que não possuem alto nível de comprometimento com as mudanças.
Empresa porco-espinho
Esse conceito criado por Jim Collins no livro Empresas feitas para vencer, afirma que os negócios de sucesso devem ser como um porco-espinho. Esse animal não tem predadores (competição), pois desenvolveu uma única habilidade muito bem.
A sua organização precisa ser a melhor em uma única coisa. Ao identificar esse main core, trabalhe para torná-lo cada vez mais produtivo, dando autonomia controlada aos colaboradores que fazem a marca acontecer.
Capacite a sua equipe
O medo que os gestores têm quanto à descentralização de decisões é compreensível. Os colaboradores podem não estar qualificados para serem autônomos, no entanto, lembre-se do que afirmamos acima: colaboradores dão resultados mais satisfatórios quando tem autonomia.
Portanto, qualifique a sua equipe de acordo com a atividade principal que cada um desempenha em sua área. Leve o porco-espinho para todos os contextos. Faça com que cada indivíduo seja o melhor no que faz, assim, ganhará a confiança necessária para decidir com autoridade.
A descentralização de decisões significa mais agilidade em um mundo que evolui cada vez mais rápido. Equipes altamente conectadas e capacitadas para tomar decisões operacionais, poupam esforço das lideranças, e estas, ganham mais tempo para se dedicar às definições estratégicas. Esta prática traz benefícios tanto para as grandes quanto para as pequenas empresas.
Para dar esse passo, que pode ser um divisor de águas para o seu negócio, entre em contato com a Otimiza. Somos uma consultoria especializada em estratégias para empresas que buscam se consolidar como referências na área de atuação, contamos com três unidades de negócio: Consultoria em Gestão Empresarial, Academia Otimiza de Inteligência Empresarial (unidade de capacitação e treinamento) e Tecnologia (unidade de automação de processos).
Fontes:
https://hbr.org/2017/12/when-to-decentralize-decision-making-and-when-not-to%E2%80%9D
