É exatamente assim, e toda analogia correspondente a afirmação do título deste artigo passa a ser verdadeira e rica em ensinamentos. Quando nos permitimos a um determinado diagnóstico médico, por exemplo, nos submetemos a uma anamnese detalhada, a fim de verificarmos eventuais desregulações, patologias ou necessidades de vitaminas e suplementos, ocasionalmente. Após a observação clínica e exames aprofundados, os sintomas iniciais apresentados pelo paciente são diagnosticados e logo são recomendados os remédios, a fim de sanar as suas dores, atuando eficazmente na cura, quando assim for possível.

Como afirmado acima, toda empresa é semelhante a um organismo vivo, dotada de inteligência humana, que, através da visão do negócio, pode agir proativamente. Do contrário seria como um corpo inanimado. Considerar as pessoas, portanto, como a alma de uma organização, nos permite agir mediante as melhores práticas. Esses recursos nunca são aplicados de forma estanque: recomendá-los exige conhecimento aprofundado e, de acordo com as ocorrências, maturidade para a melhor orientação, a fim de sanar sintomas, objetivando resultados eficazes, a partir dos seus sinais.

Veja abaixo os diferentes tipos de estratégias de gerenciamento, que podem ser aplicados para as melhores práticas em gestão estratégica

O método SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats)

Método ou análise SWOT (ou FOFA em português, indicando Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças)  é uma ferramenta de análise estratégica amplamente utilizada por empresas e organizações para avaliar seu ambiente interno e externo. O método envolve a identificação e a análise dos pontos fortes (Strengths) e pontos fracos (Weaknesses) internos da organização, bem como das oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) externas que podem impactar seu desempenho.

Benefícios do Método SWOT:

Visão Holística: fornece uma visão abrangente da situação da organização, considerando tanto fatores internos quanto externos.

Facilidade de Uso: é uma ferramenta simples e fácil de entender, que pode ser aplicada por equipes em diferentes níveis organizacionais.

Identificação de Prioridades: ajuda a priorizar questões-chave, permitindo que a organização concentre seus recursos e esforços nas áreas mais importantes.

Estímulo ao Planejamento: estimula o pensamento estratégico e o planejamento a longo prazo, promovendo a preparação da organização para enfrentar desafios futuros.

Business Model Generation e Business Model Canvas

“Business Model Generation” é um livro escrito por Alexander Osterwalder e Yves Pigneur, publicado em 2010. Ele apresenta uma abordagem inovadora para desenvolver modelos de negócios de forma colaborativa e visual. O livro oferece uma estrutura conceitual para entender, projetar e inovar modelos de negócios.

O Business Model Canvas é uma ferramenta visual derivada do livro “Business Model Generation”. É um mapa visual que representa os principais elementos do modelo de negócios de uma organização de forma concisa e fácil de entender. O Canvas é dividido em nove blocos: segmentos de clientes, proposta de valor, canais, relacionamento com clientes, fontes de receita, recursos-chave, atividades-chave, parcerias principais e estrutura de custos. Ele ajuda as empresas a visualizar e analisar seu modelo de negócios de maneira clara e simplificada.

O Business Model Canvas é uma ferramenta prática derivada do conceito apresentado no livro “Business Model Generation”. Ele oferece uma representação visual do modelo de negócios de uma empresa, enquanto o livro fornece uma compreensão mais ampla e aprofundada dos princípios por trás da inovação no modelo de negócios.

5 forças de Porter

As “Cinco Forças de Porter” é um modelo desenvolvido por Michael Porter para analisar a competitividade de uma indústria ou mercado. O modelo avalia cinco fatores-chave que influenciam a intensidade da concorrência e a lucratividade de uma indústria, sendo eles:

Poder de Negociação dos Compradores (Clientes): refere-se à capacidade dos compradores de influenciar os preços, qualidade e outros aspectos dos produtos ou serviços. Quanto maior o poder de negociação dos compradores, maior a pressão sobre as empresas para oferecer condições favoráveis.

Poder de Negociação dos Fornecedores: representa a capacidade dos fornecedores de influenciar as empresas, controlando a oferta de matérias-primas, componentes ou serviços essenciais. Se os fornecedores têm mais poder, eles podem impor condições desfavoráveis às empresas.

Ameaça de Produtos ou Serviços Substitutos: refere-se à disponibilidade de produtos ou serviços alternativos que podem satisfazer as necessidades dos clientes. Quanto mais substitutos estiverem disponíveis, menor será a atratividade da indústria, pois os consumidores têm opções para escolher.

Ameaça de Novos Entrantes: avalia a facilidade com que novas empresas podem entrar no mercado. Indústrias com barreiras baixas à entrada enfrentam maior concorrência de novos participantes, o que pode reduzir a lucratividade das empresas existentes.

Rivalidade entre Concorrentes Existentes: refere-se à intensidade da competição entre as empresas já estabelecidas na indústria. Se a concorrência é acirrada, as empresas podem competir agressivamente em termos de preço, inovação ou estratégias de marketing, afetando a lucratividade de todas as empresas envolvidas.

Ao analisar essas cinco forças, as empresas podem entender melhor o ambiente competitivo em que operam e desenvolver estratégias para se destacar e manter uma posição sustentável no mercado.

Arquitetura Organizacional

A Arquitetura Organizacional refere-se à estrutura e design global de uma organização, incluindo seus processos, sistemas, cultura, estratégias e outros elementos que a compõem. Ela engloba a maneira como a empresa está organizada, como as informações fluem, como as decisões são tomadas e como as pessoas colaboram.

Uma boa arquitetura organizacional é fundamental para garantir que a empresa alcance seus objetivos de maneira eficaz e eficiente. Ela pode envolver a definição clara de funções e responsabilidades, a criação de processos eficientes, o desenvolvimento de uma cultura corporativa sólida e a implementação de sistemas de suporte à decisão. Uma arquitetura organizacional bem projetada facilita a adaptação da organização a mudanças no ambiente externo e promove a inovação e o crescimento sustentável.

Estratégias ágeis

Estratégias ágeis referem-se a abordagens de gestão e desenvolvimento que se baseiam nos princípios do Manifesto Ágil (declaração de princípios que fundamentam o desenvolvimento ágil). Essas estratégias promovem a flexibilidade, colaboração, adaptação a mudanças e entrega contínua de valor aos clientes. Métodos ágeis, como Scrum e Kanban, são amplamente utilizados para desenvolvimento de software, mas suas práticas também se estendem a outras áreas de negócios. As estratégias ágeis enfatizam a comunicação constante, o envolvimento dos clientes, a interação rápida, a auto-organização das equipes e a capacidade de resposta às necessidades do mercado, permitindo que as organizações se ajustem rapidamente às mudanças e entreguem produtos ou serviços de alta qualidade de forma mais eficiente.

Transformação Digital

A Transformação Digital é o processo de integração de tecnologia digital em todos os aspectos de uma organização, mudando fundamentalmente a forma como ela opera e entrega valor aos clientes. Isso envolve a adoção de tecnologias como inteligência artificial, big data, automação, nuvem e outras, para melhorar eficiência, inovação, experiência do cliente e a tomada de decisões. Além das tecnologias, a Transformação Digital também implica mudanças culturais e organizacionais para se adaptar a um ambiente digital, promovendo uma mentalidade ágil, colaborativa e orientada a dados. As empresas buscam a Transformação Digital para se manterem competitivas, melhorar a experiência do cliente e impulsionar o crescimento no mundo digital.

Oceano Azul

“Oceano Azul” é um conceito de estratégia de negócios introduzido no livro “Blue Ocean Strategy” por W. Chan Kim e Renée Mauborgne. Refere-se a uma abordagem inovadora em que as empresas buscam criar novos mercados ou espaços de mercado, ao invés de competir em mercados existentes (Oceano Vermelho). No Oceano Azul, as empresas inovam, criam novos produtos ou serviços e encontram formas únicas de atender às necessidades dos clientes, muitas vezes, eliminando ou reduzindo elementos tradicionais de concorrência. Ao fazer isso, as empresas podem alcançar margens de lucro mais elevadas e criar um novo espaço de mercado onde a concorrência é menos relevante, permitindo o crescimento sustentável a longo prazo.

Balanced Scorecard

Balanced Scorecard é uma metodologia de gestão estratégica que visa monitorar e medir o desempenho de uma organização em relação aos seus objetivos estratégicos. Ele utiliza indicadores em quatro perspectivas principais: financeira, cliente, processos internos e aprendizado e crescimento. Essas perspectivas fornecem uma visão equilibrada do desempenho da organização, permitindo que os gestores avaliem não apenas os resultados financeiros, mas também as áreas críticas que impulsionam o sucesso a longo prazo. O Balanced Scorecard ajuda as empresas a traduzirem sua estratégia em ações tangíveis e a monitorarem continuamente seu progresso em direção aos objetivos estratégicos.

OKR

Objectives and Key Results é uma metodologia de gestão de desempenho que estabelece objetivos claros e mensuráveis (Objectives) e resultados-chave (Key Results) para alcançá-los. Os objetivos são metas amplas e inspiradoras que definem a direção da organização, enquanto os resultados-chave são indicadores específicos e mensuráveis que avaliam o progresso em direção aos objetivos. A metodologia OKR promove a transparência, alinhamento e foco nas metas mais importantes da organização, permitindo que as equipes e os funcionários trabalhem em conjunto para alcançar resultados significativos e mensuráveis.

As caixas de ferramentas estão disponíveis para todos. Basta saber o momento propício, a estrutura necessária e condizente com a sua aplicação, sempre a partir de um correto diagnóstico. Não são somente estas, apresentadas acima. O importante é considerarmos sempre a capacidade do gestor e/ou consultor no melhor modelo a ser disponibilizado. Mesmo que, às vezes, tenhamos que pensar “fora da caixa”.

Fontes: Metodologia proprietária Otimiza Consultoria; Vivência nas organizações; Fontes na Internet e literatura de gestão empresarial diversas.