O que aprendi sobre abstração jogando tênis
Apesar de ser apaixonado pelo tênis, posso me considerar, mais do que um bom jogador, um grande admirador do esporte. Minhas disputas de jogos, no clube, me ajudam a descarregar dias de trabalho árduo como executivo comercial de uma empresa do segmento de autopeças. Mesmo como um amador, tenho minhas preferências de jogo nas posições de fundo da quadra, o que me possibilita executar slices bem colocados.
Meu posicionamento permite também a realização de golpes de passing shot certeiros, com bolas altas e profundas, forçando o adversário a retornar para o fundo da quadra sempre que possível. Essa função que domino bem, permite uma combinação de velocidade no ataque e boa colocação de defesa.
O jogo transcorreu velozmente. Após defesa desconcertante do oponente, a bola veio redonda, permitindo cálculo mental preciso. Com a perna direita à frente, minhas duas mãos estavam prontas para executar aquele backhand garantindo o ponto. Levaria a bola para o lado oposto, tornando impossível a defesa. Minha percepção, naquela jogada, corria mais rápido do que a bolinha. Talvez o excesso de confiança tenha gerado aquele erro. A bola atingiu a raquete de forma incorreta. Foi-se o ponto final, ocasionando uma virada inesperada pelo oponente.
E não foi apenas o ponto que virou. Uma descarga emocional tomou conta do meu corpo. Senti uma vontade inexprimível de destruir a raquete, jogando-a no chão. Mas o jogo precisava continuar. Não podia deixar que um erro comprometesse o próximo lance, sob pena de desclassificação no campeonato.
As sensações de um jogador de tênis oscilam do ápice mental e emocional ao fundo do poço em fração de segundo. Essas experiências exigem mais do que resiliência. Somos levados a uma verdadeira abstração, exigindo recuperação física, mental e emocional na mesma velocidade da queda.
Essa abstração, inata a um jogador de tênis, deve ser levada para o ambiente de trabalho. Em minha carreira como executivo comercial, enfrento desafios constantes e situações inesperadas que exigem respostas rápidas e eficientes. Assim como no tênis, um erro ou revés no trabalho pode desencadear uma reação emocional intensa, mas é essencial manter o foco e a clareza para não comprometer a próxima ação.
A capacidade de abstrair-se momentaneamente das emoções negativas, analisar a situação de forma objetiva e reagir de maneira calculada é fundamental tanto na quadra quanto no ambiente corporativo. Essa abordagem permite transformar desafios em oportunidades, mantendo a resiliência e a determinação para alcançar o sucesso a longo prazo.
Alguns conselhos para gestores, assimilados jogando tênis:
Desenvolva a capacidade de abstração:
Pratique a habilidade de se distanciar emocionalmente dos problemas para analisá-los de forma objetiva e encontrar soluções eficazes
Mantenha a calma sob pressão:
Assim como em um jogo de tênis, onde um ponto perdido não deve determinar o resto do jogo, no ambiente corporativo, manter a calma e a clareza mesmo após um revés é fundamental.
Foco no próximo passo:
Não permita que um erro comprometa decisões futuras. Aprenda com os erros e mantenha o foco no próximo passo.
Transforme desafios em oportunidades:
Encare cada desafio como uma oportunidade para crescer e inovar. Seja resiliente e supere obstáculos melhorando continuamente.
Promova a resiliência na equipe:
Incentive a equipe a desenvolver a capacidade de recuperação rápida, criando um ambiente de apoio e aprendizado contínuo.
Equilíbrio emocional:
Um gestor equilibrado é capaz de tomar decisões mais acertadas e inspirar sua equipe.
Cultura de aprendizado:
Estabeleça uma cultura em que os erros são vistos como oportunidades de aprendizado. Isso ajudará a equipe a não temer falhas e a buscar sempre a melhoria contínua.
Tanto no tênis quanto nos negócios, a verdadeira habilidade está em transformar desafios em oportunidades, aprendendo com cada revés. Cada ponto perdido pode ser uma chance de crescimento, na vida profissional cada obstáculo superado nos leva mais perto da excelência.
Que cada partida, no esporte ou no trabalho, seja uma jornada de aprendizado e superação.
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Fontes: metodologia proprietária Otimiza Consultoria, vivência nas organizações, fontes na internet e literatura de gestão empresarial diversas.
O(s) nome(s) mencionado(s) é (são) fictício(s), utilizado(s) com o propósito de preservar a identidade do(s) envolvido(s) e a(s) narrativa(s) em promover a reflexão e o conhecimento sobre a ciência da administração empresarial.