Sobre o livro: “Este é um livro sobre informação, tecnologia e progresso científico. É um livro sobre competição, livres mercados e a evolução das ideias. É um livro sobre coisas que nos tornam mais inteligentes do que qualquer computador e sobre falhas humanas. É um livro sobre como aprendemos, passo a passo, a conhecer o mundo de forma objetiva e por que às vezes damos um passo atrás.”
Sobre o autor: Nathaniel Read “Nate” Silver é um estatístico americano, conhecido por ter previsto corretamente os resultados das eleição presidenciais americanas de 2008 e 2012. “O Sinal e o ruído” é o único livro escrito por ele.
É difícil distinguir sinal e ruído, normalmente estamos mais dispostos a ouvir aquilo que gostamos ou acreditamos e que nos contem algo com um final feliz. Será que interpretamos sinais no sentido de tirarmos proveito deles?
No começo do livro o autor nos faz refletir sobre o desenvolvimento do mundo através das revoluções que atravessamos, do progresso que vivemos, desde a invenção do tipo móvel de impressão até este momento que estamos diante de big data, inteligência artificial e por aí afora.
Ao longo dos capítulos, o autor discorre sobre diversos temas, como queda do mercado de ações, previsões de campanhas políticas, projeções no baseball, previsões de furacões e terremotos, o vírus H1N1, as projeções num jogo de xadrez ou no pôquer, entre outros, os erros e acertos nas suas projeções, os sinais e os ruídos que cada um destes casos apresenta.
Previsões baseadas em dados podem se concretizar — e podem falhar. É quando negamos nosso papel no processo que se elevam as chances de fracasso. Antes de exigir mais de nossos dados, precisamos exigir mais de nós mesmos.
Na minha leitura, identificar se é um “sinal” ou é um “ruído” fica fácil depois de sua ocorrência.
O Teorema de Bayes é apresentado em muitos capítulos do livro, trata-se, nominalmente, de uma fórmula matemática, mas, na verdade, é muito mais do que isso.
O teorema deduz que precisamos pensar diferente sobre nossas ideias e sobre como testá-las. Precisamos ficar mais à vontade com a incerteza e a probabilidade. Precisamos pensar com mais cuidado sobre os pressupostos e as crenças que levamos à análise de um problema.
O mundo percorreu um longo caminho desde a invenção do tipo móvel.
A informação deixou de ser um bem escasso; hoje, temos uma quantidade tão grande de informação que não sabemos como usá-la.
Todavia, a quantidade de informações úteis é relativamente reduzida.
Nós as percebemos de forma seletiva e subjetiva, sem dar atenção às distorções resultantes.
Pensamos querer informação quando, na realidade, queremos conhecimento.
O sinal é a verdade. O ruído é o que nos distrai, afastando-nos da verdade.