1984 é um romance distópico de autoria do escritor britânico George Orwell, publicado pela primeira vez em 1949 e é um daqueles livros que não se pode deixar de ler.
Também é dele o famoso, igualmente distópico e satírico “A Revolução dos Bichos”, de 1945.
1984 trata de uma realidade fictícia onde tudo passa a ser controlado pelo Grande Irmão (uma péssima tradução do original Big Brother), que é a figura que comanda não somente os membros do Partido, como toda a sociedade e os bens por ela produzidos.
A partir da ‘Grande Revolução’ o mundo foi dividido em três continentes: Lestásia, Eurásia e Oceania, onde fica a cidade de Londres, e a sociedade foi reorganizada para não sucumbir a “sanha capitalista” e tudo passa a ser administrado e decidido pelo Estado, que com o controle completo da mídia (reescrevendo o passado – diariamente – e “corrigindo” as notícias transmitidas à população), somada a presença maciça das “teletelas” (que hoje chamamos de televisão), mantém um estado de vigilância completa, permanente e eficaz.
As “teletelas” estão espalhadas em lugares públicos, em todos os cômodos das casas. Elas não apenas mostram a programação, mas também funcionam como uma câmera, que filma todos os ângulos das ruas e casas.
O mundo é opressivo e não há espaço para nenhum tipo de liberdade. Há ordens para determinar a hora que todos acordam, dormem, o que comem, o que fazem, onde podem ir e o que podem falar.
O tempo todo as pessoas são alertadas por cartazes e outdoors que “O Grande Irmão está de olho em você”.
Para completar esse domínio, uma “nova língua” é introduzida para facilitar a comunicação e simplificar a forma como são registradas as “estórias”.
No mundo de 1984, a língua ganha novos termos, e palavras antigas, novas acepções.
A semântica é distorcida para criar um estado de torpor e confusão. Isso está expresso no lema do Partido: “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força”.
É nesse contexto que temos o protagonista do livro 1984, Winston Smith, um funcionário público do Ministério da Verdade.
Apesar do nome do Ministério, o trabalho da instituição é alterar o passado, falsificando dados históricos com o objetivo de reafirmar o que o Big Brother diz no momento.
Existe ainda a Polícia do Pensamento, capaz de fiscalizar o que as pessoas pensam ou tendem a pensar.
Relações amorosas e sexo fora do casamento são proibidos, os casamentos só existem para procriação de filhos e precisam de aprovação do Estado.
Winston tem horror ao sistema, ele acredita que tem vagas lembranças de um mundo diferente.
Ao conhecer Julia, uma pessoa também revoltada contra o sistema, ambos enxergam uma possibilidade de rebelião, especialmente com os boatos de que há uma irmandade unida contra o Big Brother.
Para saber o que acontece com Winston, Julia e o “futuro em 1984” você precisará ler o livro para saber.
Mas adianto minha conclusão para você, parafraseando Renato Russo: “…o futuro não é mais, como era antigamente”…
Esta dica foi escrita por Junes Monteiro, consultor da Otimiza.